Polícia Federal interroga dono do Banco Master, ex-presidente do Banco de Brasília e diretor de fiscalização do Banco Central

  • 30/12/2025
(Foto: Reprodução)
Caso Master: polícia federal ouve 3 depoimentos em investigação sobre fraude bilionária Durou mais de seis horas o interrogatório da Polícia Federal sobre o caso do Banco Master. Prestaram depoimento: primeiro, o dono do Master, Daniel Vorcaro; depois, o ex-presidente do banco público de Brasília, Paulo Henrique Costa. Os dois são investigados. O diretor de fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino Santos, também foi ouvido. O dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, chegou a Brasília em um voo comercial pouco antes das 11h. A Polícia Federal o aguardava. Vorcaro usa uma tornozeleira eletrônica desde que foi solto no dia 29 de novembro. Ele ficou 12 dias preso preventivamente. Do aeroporto, o banqueiro seguiu direto para o STF - Supremo Tribunal Federal. Por volta das 14h, os três convocados para depor já estavam no STF: Vorcaro, o ex-presidente do Banco de Brasília, Paulo Henrique Costa, e o diretor de fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino Santos. A delegada da Polícia Federal Janaina Palazzo conduziu os depoimentos. Foi ela quem pediu, em novembro, a prisão preventiva de Vorcaro. O juiz auxiliar do gabinete do ministro Dias Toffoli, Carlos Vieira von Adamek, e o subprocurador Joaquim Cabral da Costa Neto acompanharam os depoimentos. Vorcaro foi o primeiro a ser ouvido. O depoimento começou pouco depois das 14h e durou duas horas e meia. Em seguida, por volta das 17h, foi a vez do ex-presidente do BRB começar a depor. Segundo a Polícia Federal, o Banco Master vendeu para o BRB falsas carteiras de crédito consignado no valor de R$ 12,2 bilhões com o objetivo de arquitetar uma operação fraudulenta para salvar o Master. Em março de 2025, o BRB anunciou a compra do Master. Antes de ser demitido do comando do BRB, Paulo Henrique Costa defendeu a transação. Ele e Daniel Vorcaro estiveram à frente das negociações. Cinco meses depois, o Banco Central vetou a compra por considerar que a operação não preenchia os requisitos necessários, como a comprovação de viabilidade econômica e financeira. Em novembro, a PF deflagrou a Operação Compliance Zero para apurar os crimes de organização criminosa, gestão fraudulenta e temerária. A liquidação extrajudicial do Master foi decretada um dia depois pelo Banco Central. O diretor do Banco Central, Ailton de Aquino Santos, não é investigado no caso. A diretoria dele foi a responsável por analisar diferentes alternativas para a crise do Master, que incluíam aporte de recursos, troca de diretoria e venda. A liquidação do Master foi decidida em votação unânime. Todos os diretores consideraram que a medida era indispensável para proteger o sistema financeiro e a poupança popular. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, também votou a favor. Desde o início de dezembro, o caso tramita em sigilo no Supremo por determinação do ministro Dias Toffoli. No dia 24 de dezembro, ele decidiu, por conta própria, sem pedidos da Polícia Federal nem do Ministério Público, marcar a acareação desta terça-feira (30) entre Daniel Vorcaro, Paulo Henrique Costa e Ailton de Aquino Santos. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o próprio Banco Central pediram para que a acareação fosse suspensa, alegando que nenhum depoimento tinha sido tomado. Toffoli negou os dois pedidos. Polícia Federal interroga dono do Banco Master, ex-presidente do Banco de Brasília e diretor de fiscalização do Banco Central Jornal Nacional/ Reprodução Na noite desta terça-feira (30), a delegada da Polícia Federal Janaina Palazzo ouviu o depoimento do diretor de fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino Santos. Ele começou a falar por volta de 19h40. Ficou aguardando mais de cinco horas no prédio do anexo do STF, onde acontecem os depoimentos. Ailton de Aquino não é considerado investigado. O ministro Dias Toffoli decidiu convocá-lo porque a investigação do caso envolve a liquidação do Master, decretada pelo Banco Central. Antes dele, prestaram depoimento Daniel Vorcaro e também o ex-presidente do Banco de Brasília, Paulo Henrique Costa. O depoimento do dirigente do BRB durou, mais ou menos, uma hora e meia. Após a conclusão dos depoimentos, a delegada Janaina Palazzo, da Polícia Federal, vai decidir se é necessário ou não fazer a acareação. Por decisão do ministro Toffoli, toda a investigação corre em sigilo. LEIA TAMBÉM Banco Central apresenta ao TCU histórico da crise financeira do Banco Master Valdo Cruz: Em resposta ao TCU, BC cita nova investigação sigilosa sobre fraudes do Master

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/12/30/policia-federal-interroga-dono-do-banco-master-ex-presidente-do-banco-de-brasilia-e-diretor-de-fiscalizacao-do-banco-central.ghtml


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